China x Estados Unidos: quem está ganhando a briga da Inteligência Artificial?
A
todo o tempo lemos ou presenciamos uma novidade da tecnologia que nos faz achar
que o futuro está acontecendo agora mesmo. E não é para menos. São carros
autônomos, aplicativos de celular cada vez mais complexos, entregas de
encomendas por drones, softwares de segurança que reconhecem voz e face. Até
parece mentira.
Essa
onda de novidades tecnológicas é parte do que chamamos de Inteligência Artificial
(AI). Basicamente, é o homem desenvolvendo máquinas inteligentes capazes de
realizar tarefas com mais rapidez, segurança e precisão que os próprios homens
realizam.
Para
se ter uma ideia do mercado precioso do qual estamos falando, o setor de
Inteligência Artificial, no mundo, é estimado em nada mais nada menos que US$
15,7 trilhões.
Mas,
afinal, você sabe do que se trata essa tão comentada Inteligência Artificial? E
mais. Sabe quem está levando a melhor nessa corrida? A gente explica.
EUA
x China
No mundo, temos dois grandes polos de Inteligência
Artificial, que estão puxando a onda do futuro: os Estados Unidos, com o já
reconhecido Vale do Silício, e a China – que tem investido, e muito, para se
tornar uma superpotência do setor de tecnologia.
Algumas
das referências em Inteligência Artificial nos Estados Unidos são as gigantes
Google, Microsoft, IBM e Apple. Enquanto a China chama a atenção com o Baidu,
Tencent Holdings (dona de diversos aplicativos), Alibaba, Huawei e Hisense.
Ambos
os países estão focados em atrair empresas e incentivar investimentos em
startups de tecnologia que consigam impulsioná-los ainda mais nessa corrida
pela modernidade.
China
quer ser referência
Apesar
de o cenário hoje estar relativamente equilibrado, com cada um dos países se
destacando em um ramo da AI, a China tem planos claros de se tornar a líder do
setor até 2030.
Os números
não os deixam mentir. Em 2017, 48% de todo o valor investido em AI pelo mundo
estava em startups chinesas, superando os Estados Unidos. Em 2016, a
porcentagem não chegava a 12%.
Além
disso, quando o assunto é patente de pesquisas na área de tecnologia, a China
também se saiu melhor que os EUA no último ano.
Para
se ter uma ideia, a Hisense, maior fabricante de TVs da China, já produz
televisores inteligentes. Uma das funções mais interessantes é do
reconhecimento facial das pessoas que aparecem nos programas.
Se o
usuário quer saber mais sobre um jogador de futebol, por exemplo, ele emite um
comando de voz à TV, ela reconhece facialmente a pessoa da telinha e fornece
uma série de informações sobre ela.
Já a
Alibaba, empresa de Jack Ma que se tornou uma gigante do comércio eletrônico
mundial, tem uma unidade dedicada apenas à tecnologia: chamada Al Labs. Uma das
criações de maior sucesso da empresa é o Tmall Genie, um dispositivo que
funciona como uma assistente virtual.
Ele
responde comandos de voz, toca músicas, lê histórias, liga objetos que estejam
conectados a ele e ainda faz compras online no site Tmall, que é como se fosse
a Amazon dos chineses.
A
relação dos chineses com a privacidade
A China é o país com maior número de câmeras de vigilância
do mundo: mais de 170 milhões. Os chineses estão mais que acostumados a serem
filmados, enquanto os norte-americanos, por exemplo, incomodam-se bem mais com
a falta de privacidade.
A Horizon
Robotics, por exemplo, é uma empresa chinesa que desenvolve processadores de
reconhecimento humano para câmeras e veículos autônomos.
Com
um simples enquadramento facial, esses processadores não apenas reconhecem uma
pessoa como apresentam informações pessoais sobre ela. Outras tecnologias
imitam o cérebro humano para prever o comportamento de outras pessoas – uma
ferramenta essencial aos carros autônomos.
Conheça
os 4 principais tipos de Inteligência Artificial
Olhando
para o mundo moderno, conseguimos identificar 4 grandes ondas de Inteligência
Artificial, que abrangem praticamente todas as esferas da vida humana. São
elas:
·
AI na internet
A
primeira onda é a Inteligência Artificial aplicada à internet. Hoje, há
sofisticados algoritmos que identificam os gostos e necessidades dos usuários,
personalizando os anúncios e notícias que chegarão pela rede até eles.
Outras
tecnologias ainda mais avançadas, geram conteúdo específico para aquela pessoa
que está navegando pela internet.
A
China é quem se destaca nessa primeira onda de AI, pois, além de ter mais
usuários de internet que Estados Unidos e Europa somados, alguns apps como
WeChat e Wallet permitem fazer micropagamentos aos criadores de conteúdo. Essa
possibilidade dinamiza bastante o mercado.
·
AI nas empresas
A
segunda onda de AI é a inteligência empresarial. Entram aqui algoritmos que
tomam decisões sobre investimentos financeiros, bolsas de valores ou
empréstimos bancários, por exemplo.
Nessa
onda, quem mais se destaca ainda são os Estados Unidos, especialmente por
contarem com uma grande quantidade e qualidade de dados que podem ser usados
pelas ferramentas da AI.
·
AI perceptiva
A
terceira onda de inteligência artificial é a perceptiva, onde entram os
programas de reconhecimento de voz e facial. Nessa onda, a China leva uma
vantagem em relação aos Estados Unidos devido à maior aceitabilidade dessas
tecnologias entre os chineses.
Um
dos melhores exemplos para esse tipo de AI são as casas inteligentes, formadas
por eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos que reconhecem os gostos e
comandos dos donos, como as TVs da Hisense.
·
AI autônoma
Por
fim, a última onda de Inteligência Artificial é a autônoma, que transfere aos
robôs a inteligência humana. Nesse exemplo, entram os carros autônomos das empresas
americanas Google e Tesla ou da startup chinesa Byton.

No
fim, ainda não sabemos quem vai se destacar mais e mais nessa corrida pela
Inteligência Artificial, mas uma verdade é indiscutível: o mundo ainda vai se
surpreender muito com as novidades do futuro.
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