Por que a China se tornou uma potência do esporte?

 Yang Qian, do tiro esportivo, garante ouro nos Jogos do Japão. (Getty Images)

Certamente você já reparou que a China está sempre entre os países líderes no ranking de medalhas dos eventos esportivos, normalmente ocupando o 1º ou 2º lugar. E isso não é de hoje! Aproveitamos que as Olimpíadas ainda estão frescas na nossa cabeça para contar um pouco para vocês sobre a tradição do esporte por lá e como o país consegue treinar tantos atletas campeões. Vamos lá?

O projeto que deu início a tudo

O chamado Projeto 119 foi iniciado pelo governo chinês em 2000, após as Olimpíadas de Sydney, e acelerado no ano seguinte, quando passou a receber bastante subsídio governamental.

O objetivo era preparar a China para ser a campeã de medalhas nos Jogos de Pequim, que aconteceram em 2008. Para isso, o governo reforçou seu já existente sistema de identificação e treinamento de talentos dos esportes, inclusive, convidando treinadores estrangeiros que eram referência em suas modalidades.

O número 119 se refere à quantidade de esportes em que a China tinha pouca tradição na época da criação do projeto, e, portanto, deveria treinar mais para se destacar e ganhar medalhas de ouro. Entre esses esportes estavam a esgrima, o boxe e a vela.

Como funcionam as escolas de esportes na China

As tradicionais escolas de esportes da China já existem há várias décadas, desde bem antes do Projeto 119. Basicamente, são escolas públicas onde as crianças seguem os estudos regulares, mas dedicam boa parte do tempo aos treinos esportivos.

Muitas famílias chinesas pobres, especialmente as que vivem no campo, veem nessas escolas de esporte uma chance de seus filhos terem uma vida melhor. Já os pais mais estudados e instruídos costumam não gostar muito desse tipo de ensino, exatamente porque os treinos esportivos acabam tendo mais peso que os estudos regulares na rotina das crianças.

Um desses centros esportivos é a Escola Fuzhou de Esportes, que fica na província de Fujian. A escola matrícula crianças a partir de 4 anos e faz treinos individuais para as disciplinas de arco e flecha, boxe e natação.

Nas grandes cidades, como Xangai (Shangai) ou Pequim (Beijing), cada bairro tem ao menos uma escola de esportes, que, geralmente, oferece treinamentos em modalidades como ginástica, badminton, voleibol, atletismo, esgrima, natação, levantamento de peso e luta livre.

A divisão dos talentos

Logo quando entram nas escolas públicas, as crianças são divididas em cinco categorias conforme o talento que apresentam: esportista internacional, esportista nacional, Grau 1, Grau 2 e Grau 3.

Crianças a partir dos 5 anos que que ocupem os níveis mais elevados são levadas aos internatos de esporte, centros de treinamento intensivo totalmente financiados pelo governo chinês. Lá, os pequenos atletas têm acesso aos melhores equipamentos e profissionais do país.

Os treinos acontecem em horário integral, cedendo espaço apenas para um pequeno período de aulas regulares. As crianças podem ver a família aos finais de semana. Normalmente, aos domingos.

Os jovens que se destacam nesses centros profissionais de esportes podem ser descobertos por “olheiros” do governo que identificam os maiores potenciais e os transferem para as equipes municipais ou nacionais, que são as que competem nos eventos esportivos, como é o caso das Olimpíadas.

China como potência mundial dos esportes

Os primeiros frutos do Projeto 119 foram colhidos já nos Jogos de Atenas, em 2004. Nessa edição das Olimpíadas, a China ficou apenas 4 medalhas atrás do primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos.

O resultado mais esperado, contudo, veio em 2008, nos jogos que aconteceram em casa. A China não foi campeã no número absoluto de medalhas, mas bateu os Estados Unidos no número de medalhas de ouro: 48 contra 36.

De lá para cá, o país tem destaque garantido e absoluto em todos os eventos esportivos nacionais e internacionais, o que mostra que, ao menos quando o assunto é destaque nos esportes, o Projeto 119 é um sucesso.

Nas Olimpíadas de Tóquio, os chineses ficaram em segundo lugar no ranking de medalhas – terminando o evento com 38 medalhas de ouro contra 39 dos Estados Unidos.

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