Os avanços da China na nova corrida espacial
Quem não se lembra ao
menos já ouviu falar da corrida espacial entre União Soviética e Estados Unidos,
que marcou a segunda metade do século XX, no contexto da Guerra Fria. Em meio
ao lançamento de foguetes, satélites e astronautas ao espaço, o americano Neil
Armstrong pisou na lua em 1969, marcando para sempre a história da humanidade.
A Guerra Fria teve fim com a
queda do Muro Berlim, em 1989, mas a corrida espacial não parece ter data para
acabar. Passados 50 anos, o cenário de disputa dos avanços espaciais envolve,
hoje, China, Rússia, Estados Unidos, Índia e Japão em uma corrida que tem
colocado especialmente a Ásia nas manchetes dos jornais.
Para quem não está muito por
dentro, fizemos uma retrospectiva de todos os avanços da China na corrida
espacial dos tempos modernos. Vale muito a pena embarcar nessa missão!
Os primeiros passos da China na exploração do espaço
O programa espacial chinês
nasceu em 1953 em uma parceria com o programa espacial da União Soviética. O
apoio dos soviéticos durou apenas até 1960, mas foi tempo suficiente para que
os chineses aprendessem como dar os primeiros passos na exploração espacial.
Em 1970, a China lançou seu
primeiro foguete ao espaço. Os anos seguintes foram marcados pela descoberta de
novas tecnologias e lançamentos comerciais que abriram palco para a inauguração
do programa Shenzhou em 1992, que tinha como objetivo mandar não apenas satélites,
mas também pessoas para a exploração do universo.
Em 1993, foi fundada a
primeira Agência Espacial da China, a CNSA. A primeira nave não tripulada foi
lançada em 1999 e, em 2003, foi a vez do primeiro astronauta chinês a chegar ao
espaço. Era hora de dar um passo adiante.
As estações espaciais chinesas
Com o sucesso da Shenzou, a
China tentou levar seus astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), mas
sofreu forte oposição dos Estados Unidos. A solução foi criar a própria estação,
a Tiangong 1, que foi inaugurada em 2011 e chegou a receber 3 naves - duas delas
com astronautas.
A estrutura espacial foi
desativada em 2016, quando ficou pronta a Tiangong 2, que durou até 2018. As duas
estações foram destruídas e agora darão espaço à terceira, e definitiva,
estação Tiangong 3, que começará a ser montada em 2020 e ficará ativa por
pelo menos 10 anos.
As famosas missões lunares
De 2007 para cá, a China tem
lançado robôs para a superfície lunar com o objetivo de mapear o satélite. As
missões Chang'e 1, 2 e 3 fizeram grandes avanços na exploração da órbita da
lua, mas nenhuma delas fez tanto sucesso quanto a Chang'e 4.
A missão que pousou no
começo de 2019 foi a primeira a chegar no hemisfério lunar que nunca é visto da
Terra, o famoso “lado oculto da lua”. A sonda enviada segue mandando aos
chineses imagens e informações jamais coletadas antes.
Lua de algodão

Todas as espécies foram
mantidas por 20 dias em condições parecias com a da Terra, com exceção da diferença
de gravidade e radiação, mas só a semente de algodão germinou, sobrevivendo por
2 semanas. Depois desse tempo, a região lunar em que a missão está passou por
temperaturas de –190º e a mudinha morreu.
Os planos da China
Ainda em 2019, o país
asiático deve mandar a missão Chang’e
5 para uma região vulcânica da lua. A ideia é coletar amostras e trazer de
volta à Terra para que sejam estudadas. As Chang’e 6 e 7 devem ser lançadas até
2023, mas pousarão no polo sul da lua - também com a intenção de coletar amostras.
A CNSA já afirmou que tem
planos de construir uma estrutura fixa na lua e, até 2030, quer mandar
astronautas chineses para o nosso satélite natural.
Aguardaremos ansiosos pelos
próximos passos desse avanço espacial!
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