Trem-bala testado na China levita e chega a 600 km/h



A China não para de anunciar novidades. Ficou pronto em 2019 mais um protótipo que promete revolucionar o transporte por lá: o trem bala-magnético, também conhecido como maglev, que alcança a velocidade de 600 km/h. O modelo produzido pela empresa CRRC está sendo desenvolvido há 3 anos e deve ser fabricado comercialmente em 2021.

Segundo os engenheiros envolvidos no projeto, o trem é leve resistente. Basicamente, a tecnologia diminui a fricção com o chão e propulsiona o veículo para a frente, fazendo-o levitar. A tecnologia parece até coisa de outro mundo, mas chegou para ficar - a ideia é que esse protótipo forneça as bases técnicas para o desenvolvimento de outros modelos no país.

Já tem trem-bala magnético circulando

O primeiro trem-bala magnético produzido na China começou a circular em 
2002 no trajeto de 30 km entre o centro de Xangai e o aeroporto da cidade, que é percorrido em apenas 8 minutos. Esse é o único trem de levitação magnética a fazer percursos comerciais no mundo.

A diferença dele para o modelo mais recente é que o trem de Xangai chega à velocidade máxima de 431 km/h, suficiente para dar a ele o título de mais veloz do mundo. Já o protótipo finalizado em 2019 alcança surpreendentes 600 km/h, sem que haja qualquer tipo de atrito.

Duas horas de economia

Para se ter uma ideia de como o trem-bala magnético é rápido, vamos pegar como exemplo o trajeto de Pequim até Xangai, que tem cerca de 1213 km.

A viagem leva cerca de 12 horas de carro, 4,5 horas de avião, 5,5 horas de trem de alta velocidade e apenas 3,5 horas no novo trem de alta velocidade magnético. Seria como fazer o percurso entre São Paulo e Rio de Janeiro em menos de 50 minutos.

Como funciona o trem-bala magnético

Basicamente, o maglev conta com uma fonte elétrica potente, bobinas dispostas ao longo de uma linha guia na pista e imãs colocados dispostos embaixo do trem.

Quando a corrente elétrica passa por essa linha guia, as bobinas criam campos magnéticos que repelem os grandes imãs, fazendo com que o trem flutue entre 1cm e 10 cm sobre os trilhos.

Com a levitação, outras bobinas são percorridas por correntes elétricas invertidas que mudam a polaridade de magnetização e agem sobre os grandes imãs. O resultado é um impulso do trem para a frente, fazendo-o se deslocar em um “colchão” de ar, sem qualquer atrito de rolamento.

Apesar de não terem trens-balas de levitação magnética operando comercialmente, Japão e a Coreia do Sul também estão desenvolvendo sistemas parecidos com o da China.

Os japoneses já testaram um protótipo que chegou a 603 km/h. Agora, eles pretende finalizar um trem que fará viagens entre Tóquio e Nagoya. O modelo deve alcançar os 505 km/h e está previsto para ser lançado em 2027.




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